Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
O governo federal gastou entre R$ 457 mil e R$ 545 mil em anúncios pagos sobre segurança pública desde terça-feira (28), data da operação nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que terminou com 121 mortos, entre eles quatro policiais, dois militares e dois civis.
Os valores foram pagos à Meta, empresa dona do Facebook e do Instagram, para impulsionar mais de dez publicações relacionadas ao tema. As informações constam na Meta Ad Library, plataforma que divulga os gastos com anúncios feitos por órgãos públicos.
De acordo com os dados, quatro postagens principais foram promovidas. Uma delas critica a alta letalidade da operação e defende que ações policiais devem ser acompanhadas de inteligência. O conteúdo também cita a PEC da Segurança, proposta que altera regras de atuação das forças de segurança pública.
Outra publicação detalha o funcionamento da PEC, ressaltando a integração entre órgãos e o aumento das competências da União. Um terceiro post aborda o projeto de lei Antifacção, que prevê penas mais severas e o isolamento de líderes de facções criminosas.
A última postagem divulgada informa que 30% das operações da Polícia Federal em 2025 tiveram como alvo crimes de abuso sexual infantil.
As ações publicitárias ocorrem em meio ao acirramento do debate político sobre segurança pública e à pressão sobre o governo federal após a operação no Rio, marcada pelo alto número de mortos e pela repercussão nacional.
