
A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu, nesta quinta-feira (22), um morador do bairro Parque do Lago, em Várzea Grande, por maus-tratos a animais domésticos. A prisão foi efetuada pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) durante diligências da Operação Sansão, que atua de forma contínua na região metropolitana de Cuiabá.
A investigação começou após uma denúncia anônima registrada pelo disque 197, informando que um cachorro estaria abandonado em uma residência, sem acesso a comida ou água. No local, os agentes encontraram dois cães em situação de extrema negligência: uma cadela de porte médio amarrada com uma corda curta, extremamente magra e infestada por parasitas; e um segundo cão, também de porte médio, que apresentava magreza acentuada, inchaço na boca e dificuldade de locomoção.
Ambos estavam presos de forma precária e sem acesso a alimentação ou hidratação adequada. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada e os animais foram resgatados pelo Centro de Zoonoses de Várzea Grande, recebendo atendimento veterinário emergencial.
O responsável, de 56 anos, foi levado à Dema, onde afirmou alimentar os animais apenas uma vez por dia e deixá-los presos durante o dia. Ele alegou desconhecer o motivo do inchaço na boca de um dos cães. Após depoimento, o homem foi autuado em flagrante por crime ambiental de maus-tratos a animais domésticos.
De acordo com a legislação brasileira, o crime de maus-tratos a animais prevê pena de 2 a 5 anos de reclusão, multa e proibição da guarda de animais. Se houver morte, a pena pode ser aumentada em até metade.
A Operação Sansão leva o nome de um cão da raça pitbull que teve as patas traseiras decepadas por criminosos em Minas Gerais, em 2020. O caso chocou o país e deu origem a um movimento de endurecimento das penas para esse tipo de crime.