
Um homem de 61 anos morreu após ser puxado por uma máquina de ressonância magnética em uma clínica na cidade de Westbury, em Nova York (EUA). O acidente ocorreu na última quinta-feira (17), no Nassau Open MRI, e a vítima usava uma corrente metálica de aproximadamente 9 kg no pescoço.
Segundo a polícia do Condado de Nassau, o homem entrou na sala do exame sem autorização enquanto o equipamento já estava em funcionamento. A força magnética da máquina atraiu a corrente, fazendo com que ele fosse arremessado contra o aparelho. Levado em estado crítico ao hospital, ele não resistiu e morreu no dia seguinte.
A vítima foi identificada pela emissora News 12 Long Island como Keith McAllister. A esposa dele, Adrienne Jones-McAllister, contou que era ela quem estava sendo submetida a uma ressonância no joelho e pediu ajuda do marido para se levantar após o procedimento.
“Gritei: ‘Keith, venha me ajudar a levantar’”, relatou Adrienne, acrescentando que o marido usava uma pesada corrente de pescoço com cadeado, normalmente usada para treinos de musculação. “Naquele instante, a máquina o virou, puxou-o para dentro e ele atingiu a ressonância magnética”, relatou.
Ela e o técnico tentaram afastá-lo da máquina, sem sucesso. “Eu disse: ‘Você pode desligar a máquina? Ligue para o serviço de emergência. Faça alguma coisa. Desligue essa porcaria!’”, contou.
A direção da clínica não se manifestou sobre o caso. Uma pessoa que atendeu a reportagem por telefone no domingo (20) afirmou que não havia comentários a fazer.
Como funciona a ressonância magnética
A máquina de ressonância magnética utiliza campos magnéticos extremamente potentes para gerar imagens detalhadas do corpo humano, conforme o Instituto Nacional de Imagem Biomédica e Bioengenharia dos EUA. Esses campos são fortes o suficiente para atrair violentamente objetos metálicos — como uma corrente de aço — a vários metros de distância.
Embora o procedimento seja considerado seguro, desde que as normas sejam rigorosamente seguidas, o campo magnético representa um risco para quem carrega objetos de ferro ou aço ou possui implantes metálicos. De acordo com a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA), acidentes desse tipo são raros, mas possíveis diante de falhas no protocolo de segurança.
A investigação do caso segue em andamento.