
Circula nas redes sociais uma imagem que mostra o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Cabral, de 29 anos, com lesões na cabeça, na nuca e nas costas. Preso desde o dia 28 de julho por agredir violentamente a ex-namorada em um elevador, Igor agora alega ter sido vítima de agressão por parte de policiais penais dentro da Cadeia Pública do Rio Grande do Norte, em Ceará-Mirim.
Indiciado por tentativa de feminicídio, ele foi transferido para a unidade prisional na última sexta-feira (1º). Segundo a defesa, após a transferência, Igor foi deixado nu, algemado e isolado em uma cela, onde teria sido espancado com socos, chutes, cotoveladas e spray de pimenta. As marcas no corpo estariam relacionadas a esse episódio.
A Secretaria da Administração Penitenciária confirmou que o caso está sendo apurado tanto pela Polícia Civil quanto pela Corregedoria do Sistema Prisional. As imagens das supostas agressões estão sendo analisadas, e o ex-atleta passou por exame de corpo de delito no Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), além de registrar ocorrência na Delegacia de Plantão.
A defesa havia solicitado cela individual para Igor, alegando risco à integridade física do réu, mas o pedido foi negado sob justificativa de que não há celas individuais na unidade.
Agressão brutal contra a ex-namorada
O crime que levou Igor à prisão aconteceu em 26 de julho, dentro de um condomínio de alto padrão em Ponta Negra, zona nobre de Natal. Câmeras de segurança flagraram o momento em que ele agride a ex-companheira por 36 segundos dentro do elevador. A mulher teve os ossos do rosto fraturados e precisou passar por cirurgia de reconstrução facial no Hospital Universitário Onofre Lopes. Ela recebeu alta na segunda-feira (4).
Segundo a vítima, antes do episódio no elevador, os dois discutiram na área da piscina do condomínio. Igor teria se irritado com uma mensagem que ela enviou a um dos amigos dele, tomado o celular da mão da jovem e jogado o aparelho na piscina. De acordo com ela, episódios de destruição de seus pertences eram recorrentes durante o relacionamento.
“Ele já havia quebrado um celular meu pisando em cima. Na segunda vez, jogou outro contra a parede”, contou.