
Continua com a restrição de não receber visitas e sem previsão de alta da UTI.”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou melhora em seu quadro clínico, após duas semanas de internação, segundo o boletim médico divulgado neste domingo (27/04). No entanto, ele segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, sem previsão de alta ou de receber visitas.
De acordo com a avaliação médica, Bolsonaro teve melhora progressiva nos exames laboratoriais do fígado e apresentou sinais iniciais de movimentos intestinais espontâneos. No entanto, ele ainda não pode se alimentar por via oral ou por sonda gástrica. O ex-presidente segue recebendo suporte nutricional e calórico exclusivamente por via parenteral (endovenosa).
Além disso, Bolsonaro continua realizando fisioterapia motora e está sendo monitorado para prevenção de trombose venosa. O boletim também reforça que ele permanece com a restrição de não receber visitas, sem previsão de alta da UTI.
Leia na íntegra o boletim médico:
“O Hospital DF Star informa que o ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório. Segue estável clinicamente. Houve melhora progressiva dos exames laboratoriais do fígado.
Persiste a gastroparesia (retardo do esvaziamento do estômago), porém apresentou sinais iniciais de movimentos intestinais espontâneos, mas ainda sem condições de alimentação por via oral ou pela sonda gástrica. Segue recebendo suporte calórico e nutricional por via parenteral (endovenosa) exclusiva.
Permanece realizando a fisioterapia motora e recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa. Continua com a restrição de não receber visitas e sem previsão de alta da UTI.”
O boletim foi assinado pelos médicos Cláudio Birolini, Leandro Echenique, Antônio Aurélio de Paiva Fagundes Júnior, Brasil Caiado, Guilherme Meyer e Allisson Barcelos Borges, representantes da equipe médica do hospital.
Entenda a obstrução intestinal de Bolsonaro
A obstrução intestinal é caracterizada pelo bloqueio parcial ou total da passagem dos alimentos digeridos pelo intestino. Essa condição pode ser provocada por diversos fatores, como tumores, hérnias, inflamações e bridas intestinais, que são comuns em pacientes que passaram por cirurgias abdominais anteriores. No caso de Bolsonaro, o problema está relacionado às cirurgias realizadas após o atentado de 2018, que causaram aderências intestinais.
O procedimento que o ex-presidente passou durou cerca de 12 horas e teve como objetivo remover essas aderências e reconstruir parte da parede abdominal, comuns em pacientes que sofreram intervenções no sistema digestivo.