
Hugo Mota, deputado federal
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou a possibilidade de afastamento do mandato, por até seis meses, de cinco parlamentares envolvidos no tumulto que marcou a semana no plenário. Três deles são filiados ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo Motta, a medida foi motivada pela tentativa de aliados do ex-mandatário de impedir o início de uma sessão, em uma ação para pressionar o Legislativo a votar projetos de anistia a Bolsonaro e a bolsonaristas investigados por participação em atos do 08 de janeiro..
Os deputados que podem ser punidos são Zé Trovão (PL-SC), Júlia Zanatta (PL-SC), Marcos Pollon (PL-MS), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Camila Jara (PT-MS). Os quatro primeiros são acusados de obstruir os trabalhos parlamentares. Já a deputada Camila Jara é investigada por supostas agressões contra Nikolas Ferreira (PL-MG), após um requerimento apresentado pelo PL.
As indicações de punição serão encaminhadas ao Conselho de Ética, que deve avaliar o caso nos próximos dias. A Secretaria-Geral da Mesa informou que as denúncias relativas ao motim já foram remetidas à Corregedoria Parlamentar.
No caso de Jair Bolsonaro, ele permanece em prisão domiciliar e responde como réu na investigação sobre o plano golpista. O ex-presidente cumpre medidas cautelares e, caso seja condenado em todos os processos, as penas podem ultrapassar 40 anos de prisão.