
Um episódio de extrema gravidade e comoção expôs o abandono e a falha estrutural na assistência a pessoas em fim de vida. Uma idosa de 88 anos, em cuidados paliativos, morreu após permanecer por dias no mesmo cômodo onde estava o corpo de seu filho, de 60 anos, que havia falecido anteriormente.
De acordo com relatos, o filho morreu primeiro dentro da residência onde vivia com a mãe. O corpo permaneceu no local sem ser removido por dias, enquanto a idosa, debilitada e sem condições de pedir ajuda, continuou no ambiente, exposta à cena traumática e sem acompanhamento adequado.
A idosa estava oficialmente em cuidados paliativos, modalidade destinada a garantir conforto, dignidade e alívio de sofrimento a pessoas em fase terminal. Na prática, no entanto, ela morreu sem qualquer suporte humano, médico ou emocional — o que caracteriza abandono e possível negligência institucional.