Redação 
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Inadimplência cai em Cuiabá, apesar dos desafios; mas 179 mil famílias ainda estão endividadas
Cuiabá registrou uma redução no número de famílias com contas a vencer, passando de 86,8% em agosto para 85,7% em setembro, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), analisado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT).
O estudo indica que o número de famílias endividadas caiu de 181 mil em agosto para 179 mil em setembro. Entre aquelas em situação de inadimplência — com atraso no pagamento das contas — também houve leve recuo, de 15,6% para 15,3%.
Segundo os técnicos do IPF-MT, a estabilidade da inadimplência, combinada à redução do endividamento, sugere que as famílias cuiabanas estão controlando os gastos e conseguindo quitar parte das dívidas. No nível de endividamento, 45,6% dos entrevistados afirmaram ter poucas dívidas, 31% se consideram medianamente endividados e 9% com muitas dívidas.
O perfil das dívidas revela que o cartão de crédito lidera os motivos de endividamento, com 79,2%, seguido de carnês (22,8%), financiamento de automóveis (5%) e imóveis (4,1%). Quanto ao pagamento das dívidas atrasadas, 37,7% das famílias acreditam que conseguirão quitar parcialmente, 32,1% que pagarão totalmente e 30,2% que não terão condições de quitar. Entre os inadimplentes, 4,6% afirmam que não conseguirão pagar, leve aumento em relação ao mês anterior.
Sobre o tempo de comprometimento com dívidas, 34,3% das famílias possuem débitos há mais de um ano, 25,1% entre três e seis meses, 23,1% até três meses e 17,4% entre seis meses e um ano.
Em contraste, o cenário nacional mostra aumento do endividamento, com a quantidade de famílias endividadas passando de 78,8% em agosto para 79,2% em setembro, e a inadimplência crescendo pelo sexto mês consecutivo, de 5,18 milhões para 5,21 milhões de famílias com contas em atraso.
O levantamento reforça que, apesar dos desafios financeiros, Cuiabá demonstra esforço local na gestão das finanças domésticas, mantendo equilíbrio entre quitação de dívidas e movimentação econômica.
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