
A assessoria da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, confirmou nesta segunda-feira (30) que ela embarcou em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) ao lado do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no último dia 13 de junho. A viagem, que teve origem em Brasília e destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foi solicitada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Segundo a equipe de Janja, a socióloga aproveitou o deslocamento para realizar uma consulta ginecológica em São Paulo e “viajou de carona” na aeronave, sem gerar custos adicionais aos cofres públicos.
“Janja tinha uma consulta na ginecologista e viajou de carona com os ministros, em um avião da FAB que já estava solicitado pelo ministro Lewandowski. Não tendo, então, custos adicionais para a União”, informou a assessoria, em nota.
A informação foi publicada inicialmente pelo colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles. De acordo com ele, o voo transportava 12 passageiros. No entanto, a FAB e o Ministério da Justiça não detalharam quem mais estava a bordo.
O episódio provocou críticas do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Para o parlamentar, a situação evidencia uma suposta “parcialidade sem limites” de Moraes, que conduz investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito sobre tentativa de golpe de Estado.
“Em meio ao julgamento político de Bolsonaro, e sem sequer demonstrar o mínimo interesse em disfarçar, o ministro Alexandre de Moraes simplesmente embarca em um voo da FAB ao lado de ninguém menos que a esposa do principal adversário político do ex-presidente: Janja. Fico imaginando o teor das conversas entre ambos ao longo da viagem. O nível de imoralidade e de parcialidade demonstrado por esse senhor não tem limites”, afirmou o parlamentar.
Até o momento, nem o STF nem o ministro Alexandre de Moraes comentaram o episódio.