
O jornalista Arthur Garcia publicou um vídeo nas redes sociais em que afirma ter perdido seu canal no YouTube, com mais de 700 mil inscritos, após a TV Cidade Verde — emissora em que trabalhou por vários anos — supostamente tê-lo denunciado por violação de direitos autorais.
Garcia afirmou que não pretende criar outro canal e que vai processar a emissora para tentar reativar a página derrubada, que ele diz já estar consolidada. Para o jornalista, a ação da TV Cidade Verde seria uma retaliação ao trabalho que ele vem desempenhando atualmente no SBT Cuiabá, além de outras possíveis motivações.
Conhecido por reportagens policiais veiculadas em rede regional, Garcia mantinha no canal conteúdos produzidos durante sua passagem pela emissora.
Em vídeo publicado no Instagram, ele lamentou:
“O Grupo Cidade Verde de Comunicação, onde trabalhei e confiei por seis anos, denunciou o meu canal por violar a política de direitos autorais. O canal existe há 19 anos. Desde 2014 me especializei em jornalismo investigativo. Cheguei à marca de 200 milhões de visualizações, quatro milhões de likes e mais de 360 mil comentários”, disse.
Ele também destacou o valor afetivo do canal:
“Ali estavam registros de reportagens impactantes, denúncias que fizeram a diferença, coberturas que impactaram vidas e a memória viva de uma trajetória construída com esforço, coragem e compromisso com a verdade.”
Na mesma publicação, agradeceu aos seguidores e apoiadores, insinuando que a retirada da página do ar pode ter sido motivada por inveja do sucesso conquistado na plataforma. Ele afirma que “essa história não termina aqui” e que apenas “muda de fase”.
Outro lado
Procurada, a TV Cidade Verde negou ter feito denúncia contra o canal, mas confirmou que reivindicou os direitos autorais dos conteúdos que pertencem à emissora e estavam sendo veiculados na plataforma de Arthur Garcia sem autorização.
A polêmica escancara os conflitos sobre a propriedade de conteúdo jornalístico e os limites entre o trabalho autoral do repórter e os direitos da empresa que transmite as reportagens. Enquanto isso, mais de 700 mil inscritos seguem à espera de uma resolução.