Redação 
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Juíza solta psicólogo que filmou mulheres no Comper; não viu “gravidade”
A Justiça de Mato Grosso determinou a soltura do psicólogo Ygor Barros da Costa Miranda, preso em flagrante no último domingo (3), acusado de filmar mulheres por baixo dos vestidos dentro do Supermercado Comper, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá.
A decisão foi proferida pela juíza plantonista Gisele Alves Silva, do Núcleo de Audiências de Custódia da Capital. Embora tenha reconhecido indícios de autoria e materialidade do crime de importunação sexual, a magistrada avaliou que a conduta do acusado não apresentava “gravidade concreta” para justificar a prisão preventiva.
“Não se ignora o fato delituoso, mas, neste primeiro momento, não verifico que a conduta do acusado possua gravidade concreta necessária a justificar sua segregação cautelar”, escreveu Gisele na decisão. Ela ainda reforçou que a prisão é uma medida excepcional e que a liberdade é a regra no processo penal brasileiro.
Durante a audiência de custódia, o Ministério Público Estadual se manifestou favorável à liberdade provisória com imposição de medidas cautelares, destacando que Ygor possui bons antecedentes, residência fixa e atividade profissional lícita. A defesa acompanhou o parecer.
Segundo o boletim de ocorrência, a vítima foi alertada por uma cliente sobre o comportamento suspeito de um homem que se aproximou dela e posicionou um objeto sob seu vestido. O suspeito foi identificado no caixa e confrontado pelo companheiro da mulher. Após resistência, Ygor permitiu acesso ao celular, onde foram encontrados vídeos que confirmariam o crime.
Contido por populares, ele foi encaminhado à Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, onde foi autuado.
Com a decisão judicial, Ygor responderá em liberdade, mas terá que cumprir três medidas cautelares:
- Comparecer a todos os atos do processo;
- Não mudar de endereço sem autorização da Justiça;
- Não cometer novos crimes da mesma natureza.
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