
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou, para a tarde desta sexta-feira (2/5), o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, para uma reunião no Palácio do Planalto. O encontro, marcado para as 16h, ocorre em meio ao escândalo envolvendo fraudes em descontos de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
De acordo com apuração do portal Metrópoles, a conversa entre o presidente e o ministro — que também preside o PDT — pode resultar na saída de Lupi do cargo. A reunião, inclusive, não estava prevista na agenda oficial de Lula.
Apesar das pressões políticas para que o petista afaste Lupi do Ministério da Previdência, ministros próximos ao presidente defendem a permanência do pedetista no governo enquanto as investigações sobre as irregularidades seguem. Para esses auxiliares, a condução do processo administrativo por Lupi e a ausência de indícios de envolvimento direto no caso sustentariam sua continuidade na pasta.
“Não tem nada que desabone o ministro. Não tem nenhum indício de envolvimento dele. Portanto, ele está conduzindo o processo e vai estar conduzindo esse processo administrativo das mudanças que têm que ser feitas. E as apurações vão continuar. Quem tiver envolvido nesse processo será punido no rigor da lei”, afirmou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, nesta quinta-feira (1º/5), em São Paulo.
Nos bastidores, contudo, o Palácio do Planalto sente a pressão política de diferentes setores. A manutenção de Carlos Lupi no cargo é vista também sob a ótica da articulação política no Congresso. O PDT, partido do ministro, conta atualmente com três senadores e 17 deputados federais — apoio considerado relevante para o governo Lula, que enfrenta dificuldades para aprovar pautas de interesse no Legislativo.
A expectativa é de que, após a reunião, o governo anuncie oficialmente uma decisão sobre o futuro de Lupi à frente da Previdência Social.