
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que as celebrações do Natal no país terão início em 1º de outubro. A antecipação, que já ocorreu em anos anteriores, tem como objetivo promover “alegria, comércio, atividade, cultura, cânticos e gaitas” entre a população venezuelana.
Maduro afirmou que a medida busca assegurar o “direito à felicidade” do povo diante das adversidades internas e externas. Desde que assumiu a presidência em 2013, ele tem adotado a prática de antecipar as festividades natalinas, estratégia que, segundo especialistas, visa desviar a atenção da população das crises políticas e econômicas enfrentadas pelo país.
A decisão ocorre em um contexto de tensão com os Estados Unidos, que acusam Maduro de liderar uma organização criminosa de tráfico de drogas e não reconhecem sua legitimidade como presidente. Washington oferece uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do líder venezuelano e posicionou navios de guerra no Caribe para operações de combate ao tráfico.
A antecipação do Natal gerou críticas da oposição e protestos de aposentados e pensionistas, que afirmam que, apesar das festividades, a situação econômica continua difícil, com aposentadorias insuficientes para cobrir as necessidades básicas. Em resposta, Maduro destacou que a medida visa promover união e esperança entre os venezuelanos.
O período natalino na Venezuela se estende até 15 de janeiro, com diversas atividades culturais e comerciais programadas. O governo defende que a antecipação das festividades fortalece o espírito coletivo e a identidade nacional, apesar das controvérsias.