
Como um presente de aniversário antecipado, Carmelina Alves Albino, de 62 anos, moradora de Itapetininga (SP), deu à luz a pequena Miriã Victoria na noite de segunda-feira (20), em um hospital de São Paulo. A menina nasceu com 2,5 kg e 46 centímetros, fruto de uma gestação por fertilização in vitro (FIV) que chegou à 36ª semana.
“Sentimento maravilhoso! Ontem segurei na mãozinha dela… Ela esteve na incubadora e foi para o quarto na noite de terça-feira, devido à prematuridade, mas está muito bem, graças a Deus”, contou o pai, Jefferson Albino, emocionado.
A família esperava a chegada da bebê apenas em novembro, mês em que Carmelina completará 63 anos. “Fomos pegos de surpresa”, disse Jefferson. Por conta do parto antecipado, Carmelina permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas, segundo familiares, deve ir para o quarto ainda nesta quarta-feira (22).
O nascimento de Miriã, segundo o casal, é resultado de uma promessa divina feita por um pastor em agosto de 2024. “Hoje, outubro de 2025, nasceu a promessa Miriã Victoria. Mesmo diante de várias intercorrências hospitalares, chegou o grande dia”, relatou o pai.

O quartinho rosa da recém-nascida já estava pronto desde o início de outubro, pintado e decorado pelo próprio Jefferson. O casal, junto há quase 30 anos, tem outros cinco filhos — entre 42 e 22 anos — e nove netos, de 19 a 4 anos.
A história de Carmelina é marcada por perseverança. Ela e o marido tentaram a fertilização in vitro em 1998, 2016 e 2019, sem sucesso. Após uma revelação religiosa, decidiram tentar novamente. “O pastor foi usado por Deus para entregar a revelação que a Miriã estava chegando pra nós. A Carmelina nem estava grávida, mas foi algo marcante. A revelação foi de dois filhos, Miriã e Moisés. Creio que futuramente venha o menino”, disse Jefferson.
Tranquila com a gestação em idade avançada, Carmelina afirmou estar “preparada fisicamente, psicologicamente e emocionalmente para essa maravilhosa experiência”.
O médico responsável pelo procedimento, Lister Salgueiro, que atua em Sorocaba há 29 anos, destacou que Carmelina está entre as gestantes mais velhas do país. “Aqui no Brasil, oficialmente, a gestante mais velha tinha 65 anos, mas ela é uma das três com mais idade que está grávida”, afirmou.
No Brasil, não há limite legal de idade para a realização de fertilização in vitro, mas o procedimento depende de rigorosos critérios médicos, como ocorreu com Carmelina. Agora, mãe e filha se recuperam bem e devem voltar para casa nos próximos dias.