
O desaparecimento da pequena Ana Beatriz, de apenas 15 dias, teve um desfecho trágico nesta terça-feira (15). O corpo da recém-nascida foi encontrado dentro de um armário, próximo a produtos de limpeza, na casa da própria família, localizada no município de Novo Lino, a cerca de 100 quilômetros de Maceió.
A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Alagoas durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde de hoje. Um vídeo divulgado pelas autoridades mostra o local onde o corpo foi localizado, reforçando a gravidade da ocorrência.
A mãe da bebê, principal suspeita do crime, confessou ter tirado a vida da filha ao asfixiá-la com um travesseiro. Segundo a Polícia Civil, a mulher apresentou diversas versões ao longo das investigações, tentando confundir as autoridades. Inicialmente, afirmou ter entregado a criança a outra pessoa. Em seguida, disse que a bebê havia engasgado durante a amamentação. Por fim, acabou admitindo o assassinato.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, a instabilidade nos relatos da mulher foi um fator determinante para intensificar as diligências, que resultaram na descoberta do corpo e na elucidação do crime. Ao todo, cinco versões diferentes foram fornecidas por ela à polícia.
Desde a última sexta-feira (11), quando Ana Beatriz foi dada como desaparecida, a mãe alegava que teria sido vítima de um sequestro. Ela contou que aguardava um ônibus no povoado Novo Eusébio, às margens da BR-101, quando quatro criminosos supostamente tomaram a filha de seus braços. No entanto, os depoimentos colhidos e as provas reunidas rapidamente descartaram essa versão.
Durante a investigação, um homem chegou a ser detido em Pernambuco, mas foi posteriormente liberado após comprovar que não tinha qualquer ligação com o caso.
A mulher foi presa em flagrante e segue detida, à disposição da Justiça. Uma audiência de custódia está marcada para esta quarta-feira (16), quando será definida a manutenção de sua prisão preventiva. Ela deverá responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O caso gerou comoção na comunidade e reforça a importância da atenção à saúde mental materna no período pós-parto. As autoridades continuam apurando os detalhes que cercam esse crime brutal.