
O desafio para Mato Grosso é aumentar a complexidade tecnológica e o valor agregado dos bens produzidos”, destaca o presidente.
O Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt) lançou o Anuário da Indústria 2025, uma publicação que traz um panorama detalhado sobre o setor industrial do estado. O material reúne indicadores econômicos, projeções e análises estratégicas, além de estrear o Índice de Competitividade Industrial (ICI), que posiciona Mato Grosso entre os 10 estados mais competitivos do Brasil.
Indústria em números
O anuário apresenta dados atualizados sobre emprego, produção, exportações e regionalização do setor, auxiliando empresários e gestores na tomada de decisões. Em 2023, a indústria representou 16,3% do PIB estadual, com um valor estimado em R$ 37,7 bilhões. O setor conta com mais de 16 mil estabelecimentos e emprega 191 mil trabalhadores formais, o que equivale a 16,4% da força de trabalho com carteira assinada.
A iniciativa é coordenada pelo Observatório de Mato Grosso do Sistema Fiemt, núcleo de inteligência de dados da entidade. Segundo o presidente da Fiemt, Silvio Rangel, o anuário transforma informações em conhecimento estratégico. “Essa publicação serve como ferramenta para apoiar decisões e fortalecer a competitividade da indústria”, destaca.
Destaques da Indústria de Mato Grosso
Entre os segmentos mais representativos da indústria mato-grossense estão:
✔ Construção civil
✔ Serviços especializados para construção
✔ Fabricação de alimentos
✔ Produção de biocombustíveis, com destaque para o etanol de milho, setor em que o estado se consolidou como um dos maiores polos de bioenergia do Brasil.
O recém-lançado Índice de Competitividade Industrial (ICI) coloca Mato Grosso na 10ª posição no ranking nacional, considerando variáveis como valor adicionado per capita, desempenho nas exportações, nível tecnológico e qualidade dos produtos exportados.
Para Vanessa Gasch, gerente do Observatório de Mato Grosso, os números refletem a força da agroindústria. “Os biocombustíveis representam mais de 70% do PIB da indústria de transformação. No comércio exterior, 88% do valor exportado pela indústria mato-grossense vem do setor alimentício”, explica.
Desafios para o avanço industrial
Apesar dos bons números, o anuário aponta desafios estruturais que ainda limitam o crescimento do setor:
Falta de mão de obra qualificada
Infraestrutura logística e energética deficiente
Necessidade de maior incentivo à inovação
Segundo Silvio Rangel, para que Mato Grosso alcance níveis mais altos no ranking nacional, é essencial aumentar a complexidade tecnológica e o valor agregado dos produtos. “Nosso desafio é reduzir a dependência de produtos não duráveis e ampliar a participação em segmentos de maior sofisticação tecnológica”, afirma.
O Anuário da Indústria 2025 está disponível para download gratuito no site do Observatório de Mato Grosso do Sistema Fiemt.