Redação 
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Mauro Mendes admite falhas em presídios e investiga facilitação de fugas
O governador Mauro Mendes (União Brasil) admitiu, nesta quinta-feira (21), que houve falhas de segurança em duas unidades prisionais de Mato Grosso onde ocorreram fugas recentes: a Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, e o Complexo Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande.
As ocorrências, segundo ele, estão sob investigação da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus-MT), que apura inclusive a hipótese de participação de servidores ou apoio externo de policiais para facilitar as escapadas.
“Está tendo falha, já cobrei duramente o secretário de Justiça. Existem indícios fortes que, em breve, vamos mostrar. Com certeza, para ter fuga daquele jeito é porque alguém falhou, alguém cooperou”, afirmou Mendes, em entrevista coletiva.
O governador disse ainda que não haverá tolerância em relação aos responsáveis. “Já tivemos 11 policiais penais presos, advogados, já prendemos um monte de gente lá. Se for preciso, cortaremos na própria carne. As coisas mudaram e existem articulações contra esse trabalho, mas não vamos parar”, completou.
Apesar das falhas, Mendes classificou as fugas como casos isolados e lembrou que o Executivo endureceu as regras de acesso às unidades prisionais desde o ano passado.
As ocorrências foram registradas em momentos distintos. Em Várzea Grande, cinco detentos conseguiram escapar na semana passada: Bruno Fernandes de Souza Costa, 24; Luan Augusto dos Santos Lima, 25; Ismael Mendes de Paula, 26; Sandro Teixeira dos Santos, 38; e Edvaldo de França Almeida, 39. Um deles já foi recapturado.
Já em Cuiabá, a fuga ocorreu na madrugada de domingo (17) e envolveu duas presas de alta periculosidade: Angélica Saraiva de Sá, 34, conhecida como “Angeliquinha”, e Jéssica Leal da Silva, 36, apelidada de “Arlequina”. As duas são apontadas como líderes de uma facção criminosa no interior de Mato Grosso.
De acordo com a investigação preliminar, elas serraram grades da cela, romperam a cobertura e usaram a obra da fábrica instalada no presídio como rota de fuga. O portão que dava acesso à área externa estaria apenas encostado e sem vigilância.
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