
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira (24), que está disposta a assumir uma candidatura política em 2026 caso essa seja a “vontade de Deus”. A declaração foi dada em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, um dia após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma suposta trama golpista para tentar se manter no poder após a derrota eleitoral de 2022.
“Eu me erguerei como uma leoa para defender nossos valores conservadores, a verdade e a justiça. Se, para cumprir a vontade de Deus, for necessário assumir uma candidatura política, estarei pronta para fazer o que Ele me pedir”, disse Michelle.
Atual presidente nacional do PL Mulher, ela classificou o julgamento que condenou Bolsonaro e seus aliados como “uma farsa judicial”, afirmando que todos os envolvidos são inocentes. “As acusações forjadas contra meu marido foram uma tentativa de ocultar violações graves que ocorriam no Brasil, embora tenham acabado por expô-las”, declarou.
Michelle também criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Para ela, Moraes “viola os princípios básicos do devido processo legal” por atuar, segundo suas palavras, ao mesmo tempo como “juiz, vítima, promotor e investigador”.
A ex-primeira-dama ressaltou que sua prioridade no momento são os cuidados com a família. “Minha atenção está voltada para minhas filhas e meu marido, para que esta perseguição e humilhação que nos são impostas como brasileiros conservadores não destruam a minha família nem as famílias de tantos outros injustamente alvos desta perseguição covarde”, afirmou.
A possibilidade de Michelle disputar as eleições de 2026 reforça a movimentação dentro do PL em torno de alternativas eleitorais para manter a influência da família Bolsonaro no cenário político, diante da condenação do ex-presidente.