
Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho • Adriano Machado/Reuters
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira (7) que vê com “bons olhos” a possibilidade de reduzir a jornada máxima de trabalho no Brasil. A declaração foi feita durante sessão da Comissão de Trabalho na Câmara dos Deputados.
Segundo Marinho, a economia brasileira está em condições de suportar a mudança. “Eu vejo, pessoalmente, e também como ministro, que a economia está madura para uma redução da jornada máxima no Brasil. Hoje, nós temos 44 horas semanais”, declarou.
O ministro defendeu um debate sereno entre governo, empregadores e trabalhadores, para chegar a um “patamar saudável” para o ambiente de trabalho. “Esse é o pior turno de 44 horas semanais. É um turno cruel, em especial para as trabalhadoras. Nós enxergamos com muito bons olhos a gente conseguir um processo gradativo que saia dessa crueldade”, afirmou.
Marinho também manifestou preocupação com os impactos da carga horária atual na saúde mental dos trabalhadores. “O ambiente hostil do trabalho leva a problemas mentais”, alertou.
A proposta de redução da jornada semanal já havia sido defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, no último dia 30 de abril. Na ocasião, Lula criticou a atual jornada de seis dias de trabalho para apenas um de descanso e prometeu aprofundar o debate no país.
Atualmente, o tema tramita no Congresso Nacional por meio de diferentes projetos. O mais recente foi protocolado pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), na forma de uma proposta de emenda à Constituição (PEC).