
O estilista Giorgio Armani, um dos nomes mais influentes da moda mundial, morreu nesta quinta-feira (4), aos 91 anos, em sua residência, conforme confirmou sua casa de moda. Considerado o criador da elegância discreta que revolucionou o prêt-à-porter italiano, Armani deixa um legado de cinco décadas que transformou a indústria fashion em um império multibilionário.
Sua ausência já havia chamado atenção em junho, quando, pela primeira vez, não compareceu à Semana de Moda de Milão. O estilista se recuperava de uma condição de saúde não revelada, mas ainda planejava um grande evento para comemorar os 50 anos de sua marca durante a temporada de moda deste mês.
O sucesso de Armani começou no final dos anos 1970, com uma estética marcada por jaquetas sem forro, calças de corte simples e paleta de cores urbanas. A silhueta relaxada, imediatamente reconhecível, colocou o estilo italiano no mapa internacional. Do escritório executivo a Hollywood, vestiu ricos e famosos com ternos impecáveis, vestidos de gala e criações que brilharam nos tapetes vermelhos.
Avaliado em mais de 10 bilhões de dólares, o império Armani extrapolou a moda e abrangeu acessórios, perfumes, cosméticos, móveis, chocolates, bares, restaurantes, hotéis e até um time de basquete, o EA7 Emporio Armani Milan. Segundo a revista Forbes, o estilista figurava entre os 200 bilionários mais ricos do mundo.
Nascido em 11 de julho de 1934, em Piacenza, ao sul de Milão, Armani sonhava ser médico antes de ingressar na moda. Seu estilo minimalista refletia também sua vida pessoal: jeans e camiseta eram sua marca registrada fora das passarelas. Conhecido pelo apelido de “Re Giorgio” (Rei George), o criador sempre foi lembrado pelo sorriso cativante, modos gentis e uma postura firme nos negócios, mantendo total controle de sua marca até o fim.
Armani deixa para a história não apenas uma casa de moda, mas a redefinição do conceito de elegância moderna, pautada na simplicidade e na perfeição dos detalhes.