Redação 
Morro de Santo Antônio deve ser reaberto com trilha acessível e turismo sustentável
Após inspeção judicial realizada nesta quinta-feira (17), o presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), Sérgio Ricardo, confirmou que o Morro de Santo Antônio deve ser reaberto à visitação ainda este ano, com obras de estruturação orientadas por critérios técnicos e ambientais.
As obras de acesso ao monumento natural foram iniciadas em 2024, mas acabaram suspensas após ação do Ministério Público, que apontou falhas no projeto, como a ausência de licença ambiental, traçado topográfico e estudos prévios. O caso está sob análise da Vara Estadual de Meio Ambiente, que deve decidir sobre a retomada nos próximos 45 dias.
“O Morro de Santo Antônio é um símbolo de Mato Grosso e vai voltar a ser um ponto turístico estruturado. O Tribunal vai acompanhar toda a obra para garantir que os recursos públicos sejam bem aplicados e o meio ambiente preservado”, declarou Sérgio Ricardo.
O governador Mauro Mendes destacou que a nova trilha será segura, acessível e inclusiva, permitindo que pessoas de todas as idades desfrutem da vista panorâmica da Baixada Cuiabana. Ele reforçou que acidentes anteriores com turistas reforçam a necessidade de intervenção técnica no local.
A promotora de Justiça Ana Luiza Peterlini, responsável pelo caso, reconheceu os avanços do Estado no processo e ressaltou que o MP defende a reabertura, mas com responsabilidade ambiental e legal. “Não somos contra o uso turístico, mas a obra precisa seguir um plano de manejo e respeitar o caráter de monumento natural da área”, afirmou.
A prefeita de Santo Antônio de Leverger, Francieli Magalhães, pleiteou que a gestão do parque permaneça sob responsabilidade do município. Já o vereador Rafael Lima celebrou o avanço como marco para o turismo local: “Esse é um dia histórico para nossa comunidade”.
O juiz Antônio Horácio da Silva Neto, que conduziu a inspeção, afirmou que o caso segue para manifestação das partes e pode ser resolvido por acordo ou sentença em até 45 dias. “Queremos entregar esse monumento natural à população o quanto antes”, afirmou.
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