Redação 
Mulher viciada em jogos de aposta foge de casa; endividada
Redação 
Uma mulher de 29 anos foi encontrada após desaparecer de casa, em Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia. Gisele Heloísa Alves Silva havia fugido devido a dívidas acumuladas em jogos de aposta online, segundo relato do marido, Luan Lucas Moura, de 38 anos. O caso, que veio à tona nesta semana, chamou a atenção pela forma como a jovem tentava escapar da situação.
De acordo com o g1, Luan contou que a esposa mudou completamente de comportamento após se envolver com apostas em plataformas virtuais. O casal começou a jogar junto em 2023, mas ele decidiu parar ao perceber os riscos. Gisele, no entanto, continuou e, em pouco tempo, contraiu cerca de R$ 15 mil em dívidas, pedindo dinheiro emprestado a parentes e amigos.
“Eu vivi 10 anos com essa pessoa. Ela sempre teve postura, responsabilidade. Mas esse jogo destruiu a vida dela, simplesmente isso”, desabafou Luan.
Sumiço e reencontro
Gisele desapareceu no dia 6 de maio. Na ocasião, deixou a filha pequena em casa e, a caminho do trabalho, ficou sem combustível no carro. Mandou uma mensagem para o marido informando onde havia deixado o veículo e afirmou que seguiria viagem com um mototaxista de aplicativo. Depois disso, não respondeu mais às mensagens e ligações.
Preocupado, Luan procurou a polícia e relatou o vício da esposa, apontando que ela poderia ter fugido para evitar os credores. Segundo a delegada Carla do Bem, as investigações rastrearam os últimos passos de Gisele, que chegou a embarcar em um ônibus para São Paulo. Ela foi vista em Guarulhos e depois em Santos, onde cogitava seguir viagem para Palmas, no Tocantins.
Após mais de 48 horas de buscas, a polícia localizou Gisele em Itumbiara, no sul de Goiás, dentro da cabine de um caminhão.
Drama familiar
O caso expôs não apenas o drama de Gisele, mas também os impactos do vício em jogos de aposta sobre famílias inteiras. Luan relatou que tentou ajudar a companheira a buscar tratamento e até sugeriu que ela voltasse para a igreja. “Ela não voltou nem para ver a filha. Ela não está bem, mas não posso prendê-la. Eu só queria que ela aceitasse ajuda”, declarou.
A polícia informou que, apesar do reencontro, Gisele não cometeu crime e que as medidas cabíveis seriam de proteção e assistência social, caso ela aceitasse apoio.
