
O deputado federal Nelson Barbudo (PL-MS) fez duras críticas aos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), durante manifestação realizada no domingo (3), na Praça 8 de Abril, em Cuiabá. Segundo ele, o Congresso Nacional não está atendendo à vontade da população e estaria se “acovardando” diante do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Estamos sendo tratados como ‘zé ninguém’ no Congresso Nacional, e quem está manchando a nossa imagem chama-se Hugo Motta. Ele está acovardado, o presidente do Senado está acovardado e o Congresso não está respondendo às necessidades que o povo brasileiro exige”, disse Barbudo, sob aplausos da multidão.
O deputado bolsonarista também reafirmou a postura de oposição permanente adotada pela bancada do PL e exigiu anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar.
“Nós do PL nunca nos acovardaremos. Estamos fazendo oposição 24 horas e cobraremos a anistia dos nossos irmãos mato-grossenses, inclusive do nosso presidente Jair Bolsonaro. O povo brasileiro não aceitará eleição sem Bolsonaro”, afirmou.
Críticas ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes
Durante o discurso, Barbudo também voltou sua artilharia contra o ministro Alexandre de Moraes, relator das ações contra os envolvidos nos atos antidemocráticos. Em tom desafiador, o deputado mencionou que o tempo do magistrado estaria “chegando ao fim”.
“Alexandre de Moraes, tua corda está arrebentando e tua batata está assando. Um homem sozinho não vai mudar os rumos deste país”, disparou Barbudo.
O parlamentar ainda classificou o movimento de oposição como parte de um “Reaja Brasil”, comparando a mobilização atual com os episódios que culminaram nos impeachments dos ex-presidentes Fernando Collor e Dilma Rousseff.
“Tiranos e traidores da nossa pátria. Foi assim com Collor, foi assim com Dilma e será assim com Lula e Alexandre de Moraes”, completou.
Congresso pressionado
As manifestações deste domingo ocorreram em diversas cidades do país, com críticas direcionadas principalmente ao presidente da Câmara, Hugo Motta, que tem resistido a pautar o projeto de anistia aos condenados por tentativa de golpe.
O cenário revela um racha cada vez mais explícito entre a base bolsonarista e as cúpulas do Legislativo, que, até o momento, não sinalizaram apoio a medidas que possam tensionar ainda mais a relação entre os Poderes.