A confirmação de que Flávio Roberto da Mata Pereira, 33 anos, foi contaminado por metanol reacendeu o alerta das autoridades de saúde de Mato Grosso. O laudo foi divulgado nesta terça-feira (2) pela Politec, após exames realizados em Cuiabá. O paciente está internado desde que deu entrada no Hospital São Benedito, apresentando sintomas compatíveis com intoxicação química, e permanece em coma induzido.
A suspeita é de que Flávio tenha consumido whisky durante uma festa realizada em 15 de novembro, no município de Planalto da Serra, a 256 quilômetros da capital. O caso surge em um cenário de crescente preocupação no estado, que já contabiliza seis contaminações confirmadas por metanol, sendo três delas fatais.
A morte mais recente é a de um jovem de 24 anos, morador de Querência, que estava internado em Barra do Garças. Exames laboratoriais identificaram a substância no organismo, e ele não resistiu às complicações. As outras vítimas são uma mulher de 42 anos, de Itanhangá, e outra de 30 anos, de Várzea Grande, ambas com diagnóstico confirmado de intoxicação.
Além dos óbitos, outros pacientes seguem em tratamento após exposição à substância, e um caso permanece em investigação pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT). A pasta reforça o alerta à população sobre os perigos do consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa.
O metanol é um composto químico utilizado na indústria, impróprio para ingestão, e capaz de causar sintomas severos como visão turva, náuseas, dor abdominal, confusão mental, cegueira e morte. A orientação é evitar bebidas sem origem comprovada e buscar atendimento médico imediato caso surjam sinais de intoxicação após o consumo.
