Axl Rose nasceu William Bruce Rose Jr., em 6 de fevereiro de 1962, em Lafayette, Indiana. O menino que um dia se tornaria a voz mais icônica do hard rock cresceu cercado por dor, abusos e instabilidade familiar. Mas foi justamente dessa escuridão que surgiu o artista capaz de transformar angústia em energia, e revolta em arte.
AS MARCAS DE UMA INFÂNCIA SOMBRIA
Filho de William Bruce Rose Sr. e Sharon Bailey, Axl viveu uma infância turbulenta. Seu pai biológico abandonou a família cedo, e a mãe se casou novamente com um homem que, segundo relatos do próprio cantor, era agressivo e controlador.
Entre episódios de violência física e emocional, Axl encontrou na música um refúgio. Ainda adolescente, descobriu que cantar era uma forma de libertação — um grito contra o silêncio da dor. Os coros da igreja que frequentava em Lafayette foram seu primeiro palco. Ali, sem saber, começava a moldar a voz que mais tarde ecoaria nos maiores estádios do mundo.
DA REBELDIA AO SONHO DE ROCKSTAR
Nos anos 1980, movido pelo desejo de fugir de sua cidade natal e de seu passado, Axl se mudou para Los Angeles. Foi lá que adotou o nome artístico Axl Rose — uma fusão entre força e renascimento — e mergulhou de cabeça na cena roqueira da Sunset Strip.
Sua presença era magnética. Com uma voz poderosa e uma energia imprevisível, Axl logo se tornou o centro das atenções. Em 1985, ao lado de Slash, Izzy Stradlin, Duff McKagan e Steven Adler, formou o Guns N’ Roses — uma mistura perfeita de talento e autodestruição.
O NASCIMENTO DE UM MITO
O lançamento de Appetite for Destruction (1987) transformou o Guns N’ Roses — e Axl Rose — em fenômenos globais. Músicas como Welcome to the Jungle, Paradise City e Sweet Child o’ Mine se tornaram hinos de uma geração.
Axl, com sua voz que alternava entre o agudo cortante e o lamento melódico, se consolidou como uma das figuras mais carismáticas e controversas do rock. Sua postura explosiva, os atrasos nos shows e as brigas lendárias com a imprensa o colocaram no centro das atenções — amado e odiado na mesma medida.

ENTRE O GÊNIO E O CAOS
Ao longo dos anos, Axl Rose se tornou um símbolo de dualidade. Um artista de talento inquestionável, mas também um homem atormentado por traumas e perfeccionismo extremo. Sua busca incessante por controle e perfeição afastou colegas e atrasou projetos, como o lendário Chinese Democracy, que levou mais de 10 anos para ser lançado.
Por outro lado, seu compromisso com a arte é o que manteve o nome Guns N’ Roses vivo, mesmo em meio a mudanças de formação, críticas e crises. Quando voltou aos palcos com Slash e Duff em 2016, mostrou que o tempo não havia enfraquecido seu fogo — apenas o lapidado.

O LEGADO DE UMA LENDA VIVA
Axl Rose continua sendo uma das personalidades mais complexas e fascinantes do rock. Sua trajetória é um retrato de sobrevivência, talento e rebeldia.
De uma infância marcada pela dor a um palco iluminado por aplausos, ele construiu uma história de superação que inspira e intriga. Ainda hoje, sua voz ecoa como um grito eterno — a lembrança viva de que o rock nasceu para desafiar, ferir e, acima de tudo, libertar.

