Uma operação integrada conduzida pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos resultou na expedição de seis medidas cautelares patrimoniais que determinaram o bloqueio e sequestro de bens avaliados em R$ 35.037.694,59 contra investigados por crimes contra a ordem tributária em Mato Grosso. As decisões foram autorizadas pelo Poder Judiciário no âmbito da Operação De Volta ao Caixa.
A força-tarefa reúne a Polícia Judiciária Civil, por meio da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários, a Procuradoria-Geral do Estado, a Secretaria de Fazenda e o Ministério Público Estadual. As instituições atuam de forma coordenada para combater esquemas de sonegação e recuperar ativos desviados.
Segundo o Cira, a prioridade é impedir a dissipação do patrimônio dos investigados antes da conclusão de processos criminais e fiscais, garantindo condições reais de ressarcimento ao erário. A preservação e o rastreamento de bens se tornaram eixo central da estratégia de combate à sonegação.
Para o delegado Walter de Melo Fonseca Júnior, titular da Delegacia de Crimes Fazendários, a operação representa um avanço no enfrentamento qualificado aos crimes tributários. Ele afirma que o Estado está tecnicamente preparado para impedir que práticas de sonegação fiquem sem consequências patrimoniais, reforçando que os recursos pertencentes à sociedade retornem ao destino correto e auxiliem políticas públicas.
O promotor de Justiça Washington Eduardo Borrére destaca que a articulação entre os órgãos potencializa a inteligência investigativa e aumenta a eficácia das medidas judiciais. Para ele, o trabalho conjunto é decisivo tanto para interromper estruturas consolidadas de sonegação quanto para assegurar a recuperação dos valores desviados.
Com mais de R$ 35 milhões já bloqueados apenas nessas seis decisões, novas ações seguem em execução dentro da política de fortalecimento da recuperação patrimonial adotada pelo comitê.
