
A investigação teve início em junho de 2022, quando foram identificados os primeiros integrantes do grupo.
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta quarta-feira (02/04), a segunda fase da Operação Prospice, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas e a receptação de veículos roubados ou furtados. Cinco mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades de Várzea Grande, Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade. A ação é conduzida pela Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) e pela Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), com apoio de outras unidades policiais.
A investigação teve início em junho de 2022, quando foram identificados os primeiros integrantes do grupo. Na primeira fase da operação, deflagrada em junho de 2023, 29 ordens judiciais foram cumpridas em diversos municípios de Mato Grosso, além de cidades nos estados de São Paulo e Espírito Santo.
Estrutura criminosa e nova fase da investigação
A partir dos elementos coletados na primeira etapa, os policiais identificaram quatro novos suspeitos que atuavam na logística do crime. Dois deles, moradores da região de fronteira, eram responsáveis pelo armazenamento e transporte das drogas até a região metropolitana de Cuiabá. Os outros dois, residentes em Várzea Grande, recebiam os entorpecentes e os distribuíam localmente e para outros estados.
A investigação também revelou que a quadrilha utilizava um hotel em Várzea Grande como ponto estratégico para armazenar veículos roubados, esconder drogas e hospedar transportadores de entorpecentes.
Ao longo das investigações, a polícia realizou três grandes apreensões de drogas ligadas ao grupo:
- Julho de 2022: 126 kg de cocaína foram apreendidos em Curvelândia.
- Agosto de 2023: Um suspeito foi preso com 2 kg de cloridrato de cocaína no Terminal Rodoviário de Cuiabá.
- Fevereiro de 2024: 500 gramas de cocaína foram encontradas na residência da mãe de um dos investigados, em Mirassol d’Oeste.
Outro ponto apurado foi que a quadrilha recebia veículos roubados ou furtados de outros estados como forma de pagamento pela droga adquirida na fronteira. Em um dos casos, um Fiat Toro, roubado no Rio de Janeiro e trazido por um morador do Espírito Santo, foi interceptado pela Gefron antes de ser trocado por entorpecentes.
Origem do nome “Prospice”
O nome da operação deriva do latim “Prospice”, que significa “olhe para frente”. O termo faz referência à primeira grande apreensão de drogas do grupo, quando os policiais encontraram entorpecentes escondidos em uma região de mata ao seguir rastros deixados pelos criminosos.
A Operação Prospice faz parte do programa Tolerância Zero do Governo do Estado e integra o planejamento estratégico da Polícia Civil no combate às facções criminosas.