
As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e interromper definitivamente as atividades ilícitas.
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta quarta-feira (9), a Operação Ramus, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em roubos, furtos, receptação e adulteração de veículos.
Coordenada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores de Cuiabá (DERFVA), a operação cumpriu oito mandados de busca e apreensão nos municípios de Cuiabá, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião e Rolim de Moura, em Rondônia.
A ação contou com o apoio das delegacias locais e da Polícia Civil de Rondônia, além da Regional de Cuiabá.
Esquema sofisticado
Segundo as investigações da DERFVA, o grupo atuava de forma articulada entre diferentes cidades e estados, o que dificultava a identificação dos criminosos e a recuperação dos veículos.
A quadrilha utilizava uma série de artifícios para disfarçar a origem ilícita dos automóveis, incluindo:
- Remoção dos veículos por meio de guinchos para não levantar suspeitas;
- Substituição de placas e falsificação de documentos;
- Transferência dos veículos entre estados para despistar a polícia;
- Falsificação documental com uso de cartórios;
- Utilização de “laranjas” para registrar os bens, dificultando a identificação dos verdadeiros criminosos.
Investigação em andamento
O delegado titular da DERFVA, Guilherme Bertoli, e o delegado adjunto João Paulo Firpo Fontes, destacaram que a operação representa um passo importante no combate ao crime organizado.
“Essa operação representa um importante avanço no combate ao crime organizado, desarticulando uma rede criminosa altamente estruturada que vinha causando prejuízos à sociedade”, afirmou Bertoli.
As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e interromper definitivamente as atividades ilícitas.
Origem do nome
O nome “Ramus” vem do latim e significa “ramo” ou “ramificação” — referência à forma como a quadrilha atuava em diversas frentes criminosas e em múltiplas localidades. Além de crimes relacionados a veículos, o grupo também é investigado por sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e formação de organização criminosa.
A Ramus é um desdobramento da Operação Salmonidae, deflagrada anteriormente pela Delegacia Fazendária (Defaz), que investigava um esquema de sonegação fiscal no setor de pescados. Durante essas apurações, surgiram indícios da ligação com a quadrilha agora alvo da nova operação.