
A Polícia Civil de Mato Grosso e a Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagraram nesta terça-feira (29) a Operação Falsa Persona, com foco no combate a crimes de extorsão praticados por meio de perfis falsos em plataformas digitais. Foram cumpridas 10 ordens judiciais em cinco municípios do RS, incluindo ações dentro de presídios em Porto Alegre e Charqueadas.
As diligências resultam de uma investigação da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) de Mato Grosso, com mandados expedidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (NIPO). A operação contou com apoio da Polícia Civil gaúcha e da Coordenadoria de Enfrentamento ao Crime Organizado (CECO).
Segundo o delegado Guilherme Rocha, que conduz a investigação, o grupo criminoso atuava em âmbito nacional, criando perfis falsos para enganar vítimas nas redes sociais. Após conquistar a confiança das pessoas, os criminosos passavam a extorquir dinheiro com ameaças de divulgação de conteúdos íntimos — muitas vezes editados ou fraudulentos.
“A estrutura criminosa era complexa. Foram meses de diligências contínuas para identificar os envolvidos e comprovar os crimes. Agora, nosso foco é apreender os dispositivos eletrônicos, como smartphones e computadores, para aprofundar a investigação”, pontuou Rocha.
Articulação nacional
De acordo com o delegado titular da DRCI-MT, Guilherme Berto Nascimento Fachinelli, a operação demonstra a capacidade de articulação da Polícia Civil em ações que extrapolam os limites do estado. “É um trabalho qualificado que reafirma nossa atuação no enfrentamento à criminalidade cibernética”, disse.
A operação integra o programa Inter Partes, que faz parte do Tolerância Zero, política de enfrentamento à criminalidade adotada pelo Governo de Mato Grosso.
O nome “Falsa Persona” faz referência direta ao modus operandi da quadrilha, que usava identidades falsas para ludibriar vítimas e aplicar os golpes. A Polícia Civil alerta a população para denunciar qualquer tentativa de extorsão digital, destacando a importância do registro imediato para responsabilizar os criminosos.

