
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, gerou polêmica nesta sexta-feira (17) ao afirmar que tem “copiado muito o modelo do Lula” em suas políticas sociais, especialmente ao justificar a concessão do PIX do Dia do Professor. A declaração, feita em coletiva de imprensa, mesclou defesa de programas municipais com ironias e críticas a setores da esquerda.
O benefício concede R$ 200 aos professores e R$ 100 aos demais membros das unidades escolares em homenagem à data. Brunini comparou o valor com programas federais, como o auxílio-gás, e disse que o pagamento municipal em um único dia é superior ao que o Governo Federal oferece em meses. “O governo Lula foi lá e deu R$ 108 a cada bimestre para que a pessoa compre gás. Nós estamos dando R$ 200 por um único dia”, afirmou.
Em tom irônico, o prefeito rebateu críticas de que o valor seria insuficiente para uma comemoração: “Bom, imagino que dê, porque o Lula baixou o preço da picanha, então você vai conseguir fazer churrasco para toda a família”. Brunini ainda sugeriu que quem não concorda com o valor pode devolver o dinheiro ou doá-lo a instituições, como o Hospital do Câncer e a ACC.
O prefeito também comentou sobre a cobrança de críticos para que converse com o presidente Lula, usando uma comparação inusitada: “Muitos falam que eu deveria conversar com Lula, mas ele deveria conversar com Trump. E não faz. Se o Lula me ligar, eu atendo. É só ele me ligar”.
Segundo Brunini, o PIX gerou uma estratégia coordenada de ataques nas redes sociais, compartilhada inclusive em grupos de WhatsApp do PT Nacional, o que atraiu atenção de outros estados. No entanto, ele destacou que a recepção nas escolas é diferente, com abraços, fotos e manifestações de carinho por parte de pais e profissionais.
Apesar da polêmica, o prefeito afirmou estar “acostumado” com críticas virtuais e comparou sua situação à de outros nomes da política nacional. Para Brunini, o objetivo do PIX é valorizar os professores e reforçar a influência positiva das políticas sociais municipais, ao mesmo tempo em que provoca debate sobre os programas federais.