
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou nesta quarta-feira (14) a Operação Chave Mestra, que visa o cumprimento de 38 mandados judiciais contra uma organização criminosa com base em São Paulo, especializada em arrombamentos e furtos de caixas eletrônicos.
A investigação conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em conjunto com a Delegacia de Polícia de Sorriso, revelou que o grupo foi responsável pelo furto de aproximadamente R$ 300 mil de um terminal de autoatendimento do Banco Bradesco instalado na sede da Prefeitura de Sorriso, em agosto de 2024.
Após o crime, o valor subtraído foi rapidamente pulverizado e distribuído em diversas contas bancárias, dificultando o rastreamento dos valores.
As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Sinop, com base nas provas reunidas durante a investigação.
A operação contou ainda com o apoio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil de São Paulo, resultando no cumprimento de:
- 13 mandados de prisão (sendo 6 preventivas e 7 temporárias)
- 10 mandados de busca e apreensão
- 15 mandados de sequestro de bens (com bloqueio de contas bancárias)
As ordens foram executadas nas cidades paulistas de Mauá, Araraquara e na capital São Paulo. Todos os alvos são oriundos do Estado de São Paulo e tiveram suas funções individualizadas dentro da organização criminosa durante o curso da investigação.
Modus operandi
O crime ocorreu na madrugada do dia 22 de agosto de 2024, quando a Delegacia de Polícia de Sorriso foi acionada para investigar o arrombamento do caixa eletrônico localizado na prefeitura municipal.
Dois criminosos participaram ativamente da ação, disfarçados com uniformes de uma suposta empresa de manutenção. Eles conseguiram acessar o prédio e manusear o terminal sem levantar suspeitas iniciais. Um terceiro integrante também aparece nas imagens do local, atuando como olheiro e dando cobertura à dupla.
Com base nas investigações, a Polícia Civil identificou que o grupo agia de forma coordenada e com divisão clara de tarefas, atuando em diferentes fases do crime, desde a violação física do equipamento até a lavagem e movimentação do dinheiro furtado.
A Operação Chave Mestra segue em andamento, e a Polícia Civil não descarta novas fases com mais prisões e apreensões.