
A Polícia Civil de Mato Grosso desencadeou, nesta terça-feira (2), a Operação Conductor, com 95 ordens judiciais contra um grupo criminoso que atuava nas regiões de fronteira e na Grande Cuiabá, envolvido em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A organização chegou a movimentar cerca de R$ 100 milhões.
A ação é coordenada pela Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), com mandados cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, São Luís (MA) e Jaboatão dos Guararapes (PE). Ao todo, são 16 prisões preventivas, 35 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de valores e sequestro de veículos.
As investigações começaram após a prisão de um homem de 31 anos, em abril de 2024, em Cáceres. Ele transportava 153,8 kg de cocaína em um veículo disfarçado de transporte de passageiros. A partir desse flagrante, a polícia identificou uma estrutura criminosa com pelo menos 31 pessoas físicas e oito empresas usadas para lavar dinheiro.
Segundo a delegada Bruna Laet, responsável pelo caso, o grupo recebia semanalmente carregamentos que somaram mais de duas toneladas de drogas em apenas quatro meses, movimentando aproximadamente R$ 45 milhões no período. O material era armazenado em casas alugadas em Várzea Grande e distribuído localmente ou enviado para outros estados.
“Esse grupo criminoso alugava residências de médio padrão para guardar drogas, armas e munições, e realizava entregas até em supermercados e terminais de ônibus”, disse Laet.
A investigação contou com apoio da Receita Federal, da Politec, do Ministério Público e do Poder Judiciário. O nome da operação, Conductor, faz referência ao papel desempenhado por um dos investigados que transportava a droga da fronteira até a região metropolitana de Cuiabá em uma van que simulava transporte de passageiros.