
A Polícia Civil de São Paulo identificou uma casa em Praia Grande, no litoral paulista, que teria servido de base para o grupo responsável pelo assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. O imóvel, localizado na rua Campos do Jordão, no bairro Jardim Imperador, fica a cerca de oito quilômetros da Prefeitura, de onde Ruy saiu antes de ser executado.
A descoberta foi possível após relatos de moradores, que notaram uma movimentação considerada estranha na véspera do crime. De acordo com as investigações, a casa teria sido usada para armazenar o fuzil empregado na execução. A polícia acredita que Dahesly Oliveira, apontada como responsável por transportar a arma, deixou a residência pouco antes do ataque.
Na última quarta-feira (17), peritos do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram no local para coleta de impressões digitais, que serão analisadas para identificar outros possíveis envolvidos.
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (18), o delegado Guilherme Derrite detalhou o avanço das investigações, destacando a prisão temporária de uma suspeita e a identificação de dois foragidos. Segundo ele, a apuração do caso avançou “como uma questão de honra para prender todos os envolvidos” no homicídio.
A mulher presa teria sido responsável por transportar o fuzil até outro integrante do grupo. Usuária de drogas, ela pode ter sido coagida a participar do crime, conforme apuração da polícia. A origem da arma ainda é investigada, assim como a utilização de um terceiro veículo na ação criminosa.
Derrite também confirmou os nomes dos dois foragidos. São eles: Flavio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos, sem registros criminais anteriores, e Felipe Avelino da Silva, conhecido como Masquerano no PCC, com passagens por tráfico e roubo, atuando na região do ABC paulista.
As autoridades seguem em busca dos criminosos e reforçam que todos os envolvidos na morte do ex-delegado-geral serão responsabilizados.