
Dois cabos da Polícia Militar de Mato Grosso foram presos na tarde deste sábado (2), sob suspeita de envolvimento no assalto à agência da cooperativa Sicredi em Brasnorte, ocorrido na última quinta-feira (31). Segundo as investigações, os PMs teriam retardado propositalmente a perseguição aos criminosos, supostamente em troca de dinheiro.
As prisões foram acompanhadas pela Corregedoria Geral da PM, que já instaurou procedimento administrativo para apurar a conduta dos militares e adotar todas as medidas cabíveis. Em nota oficial, a corporação afirmou manter política de “tolerância zero” contra atos ilegais cometidos por seus integrantes.
Também neste sábado, uma força-tarefa conjunta das polícias de Mato Grosso e Rondônia prendeu seis suspeitos de envolvimento no crime, entre eles os quatro executores diretos do assalto e mais duas pessoas responsáveis por dar apoio à quadrilha durante a fuga.
O caso
Na manhã de quinta-feira, quatro assaltantes fortemente armados invadiram a agência do Sicredi em Brasnorte. Eles quebraram a porta de acesso, fizeram reféns e roubaram dinheiro dos caixas eletrônicos e do cofre da agência. Durante a fuga, sequestraram dois funcionários, usando-os como escudo humano. As vítimas foram libertadas posteriormente na rodovia MT-170.
O valor roubado ainda não foi oficialmente divulgado pelas autoridades.
A participação de agentes da própria segurança pública no crime gerou forte repercussão e indignação, reacendendo debates sobre a necessidade de maior rigor nos mecanismos de controle interno das corporações.