
O veterano ator Antônio Fagundes e sua esposa, a atriz Alexandra Martins Fagundes, foram acionados na Justiça por um casal de espectadores que perdeu a apresentação da peça Dois de Nós, em cartaz no teatro da PUC-SP, em São Paulo. O motivo? Um leve atraso — que, ainda assim, desrespeitou a política clara e conhecida do espetáculo: portões fechados assim que a peça começa.
O casal alega ter chegado “uns segundinhos” depois do início da apresentação, mas foi impedido de entrar, classificando a decisão como “arbitrária e abusiva”. Na ação, eles solicitam R$ 20 mil por danos morais e cerca de R$ 500 por danos materiais.
O fato, ocorrido em janeiro, só chegou à Justiça em março. Até o momento, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) não marcou audiências nem emitiu decisões preliminares.
Vale lembrar que Fagundes é conhecido por sua pontualidade absoluta nos palcos, algo que sempre fez questão de preservar em respeito ao público presente e aos colegas de cena. Não é a primeira vez que o ator enfrenta ações semelhantes — e, até agora, já venceu ao menos oito processos de espectadores que tentaram contestar a política de pontualidade rígida.
Segundo a produção de Dois de Nós, o fechamento dos portões no horário previsto faz parte da proposta artística da peça e é fundamental para garantir a concentração dos atores e a imersão do público que chega no horário combinado. Uma prática comum em teatros mundo afora e essencial para o bom andamento das apresentações.
Em tempos em que a pontualidade muitas vezes é vista como algo flexível, Antônio Fagundes reafirma que no teatro, o palco não espera. E quem conhece o ofício sabe: respeito à cena começa pela hora marcada.