
O Banco Central confirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que cumpriu a determinação judicial de bloqueio da chave Pix de Eduardo Tagliaferro. A medida foi tomada no dia 8 de setembro e comunicada oficialmente nesta quarta-feira, 10.
Contexto da decisão
Tagliaferro, ex-assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já havia atuado no gabinete de Moraes quando ele presidiu a Corte. Em abril deste ano, a Polícia Federal indiciou o ex-assessor sob a acusação de vazar conversas e informações sigilosas do gabinete, o que configura violação de sigilo funcional e prejuízo à Administração Pública.
Além da chave Pix, as contas bancárias de Tagliaferro permanecem bloqueadas por ordem judicial.
Recurso negado em agosto
No mês passado, a defesa do ex-assessor tentou reverter o bloqueio de seus ativos financeiros e obter acesso integral aos autos do processo, mas Moraes negou o pedido. O ministro justificou que diligências ainda estavam em andamento e que a liberação seria “absolutamente prematura”.
Repercussão
Atualmente vivendo na Itália, Tagliaferro tem se posicionado como crítico do ministro e chegou a afirmar que possui informações comprometedoras que poderiam revelar supostas irregularidades dentro do Supremo Tribunal Federal.
Resumo dos principais pontos
- Quem é Eduardo Tagliaferro: ex-assessor de Moraes no TSE, indiciado pela PF por violar sigilo funcional.
- Data da decisão: bloqueio determinado em 8 de setembro, confirmado em 10 de setembro.
- Medidas aplicadas: bloqueio da chave Pix e das contas bancárias.
- Decisão anterior: em agosto, Moraes já havia negado recurso para desbloqueio de ativos.
- Reação de Tagliaferro: do exterior, ele critica Moraes e diz ter mais informações sigilosas.