
A Justiça do Rio de Janeiro transformou o cantor Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brendon Coelho, em réu por acusações graves de tortura e extorsão mediante sequestro. A denúncia aceita pela 11ª Vara Criminal da Comarca da Capital foi apresentada pelo Ministério Público do Estado (MPRJ), com base em um episódio ocorrido em 2023, envolvendo o ex-empresário do artista, Renato Antonio Medeiros.
Segundo o MPRJ, Poze e mais seis homens teriam sequestrado Medeiros e o mantido em cárcere por aproximadamente uma hora e meia, na casa do cantor em Vargem Grande, zona oeste do Rio. Durante esse período, a vítima teria sofrido agressões brutais, como socos, chutes, queimaduras com cigarro e ferimentos causados por uma arma improvisada com madeira e pregos. O objetivo, segundo a denúncia, seria forçar uma confissão sobre o suposto furto de uma joia.
Apesar da gravidade dos fatos descritos, o juiz Guilherme Schilling Duarte rejeitou o pedido de prisão preventiva contra Poze e os demais réus. Também foi negado o bloqueio de bens no valor de R$ 300 mil, solicitado como garantia para uma possível indenização à vítima. Os acusados poderão responder ao processo em liberdade e têm dez dias para apresentar defesa.
A equipe jurídica do cantor reafirmou confiança na absolvição e destacou o comportamento colaborativo de Poze perante o Judiciário. “A decisão que recebeu a denúncia também afastou completamente o inusitado e incabível pedido de prisão preventiva. Confiamos que a Justiça será feita”, afirmou o advogado Fernando Henrique Cardoso.
O cantor já havia sido preso em maio deste ano por suspeitas de apologia ao crime e associação com o Comando Vermelho, acusação que acabou sendo revertida após mobilização de artistas e fãs. Poze foi libertado em 3 de junho e teve recepção calorosa do público.
Agora, o artista enfrentará mais um capítulo judicial em meio a uma carreira marcada tanto por sucessos musicais quanto por episódios controversos.
