A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), afirmou que não teme a Comissão Processante aberta pela Câmara Municipal na última semana para investigar possível irregularidade no uso da logomarca da atual gestão em uniformes escolares. A prática, segundo denúncia, configuraria promoção pessoal por meio de publicidade institucional.
Flávia declarou que ainda não teve acesso ao teor completo da acusação, mas assegurou que está pronta para se defender. “Não temo [a cassação], não tenho medo de processos. A gente tem o devido respeito com os trâmites processuais e acredito que o meu advogado fará uma excelente defesa”, disse à imprensa.
A prefeita evitou críticas diretas aos vereadores que autorizaram a abertura do procedimento e afirmou confiar no processo legal. “Eu não fui notificada ainda da abertura da comissão, não tenho o teor dela. Se é um exagero, não vou falar. Os vereadores são livres, a Câmara está fazendo o papel dela. Que apurem, que a gente vai fazer a nossa defesa em tempo”, completou.
A autorização para abertura da Comissão Processante foi aprovada por ampla maioria: 17 votos favoráveis e apenas 5 contrários. O grupo responsável por conduzir o processo é formado por três vereadores: Cleyton Sardinha (MDB), como presidente; Carlinhos Figueiredo (Republicanos), como relator; e Enfermeiro Emerson (PP), como membro.
Ação judicial recente
Paralelamente ao processo legislativo, Flávia Moretti também enfrentou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pelo MDB e União Brasil, partidos ligados ao ex-prefeito Kalil Baracat, derrotado nas eleições de 2024. A ação pedia a cassação dos mandatos dela e do vice-prefeito Tião da Zaelli (PL), além da declaração de inelegibilidade de ambos.
O juiz José Mauro Nagib Jorge, no entanto, julgou o pedido improcedente no último dia 18, encerrando o caso e afastando qualquer risco imediato aos mandatos.
