
Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (6), o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Max Russi (PSB), avaliou como preocupante a atual conjuntura política nacional, marcada por instabilidade no Congresso e embates com o Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar disso, o parlamentar destacou que a situação em Mato Grosso segue tranquila, com a Assembleia atuando normalmente e o estado em crescimento econômico.
Ao ser questionado sobre o travamento das atividades no Congresso e os pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, Russi afirmou que o clima em Brasília inspira atenção. “É um momento de preocupação, é um momento de instabilidade, que deixa a gente bastante pensativo sobre os desdobramentos dos próximos meses”, disse o deputado.
No entanto, o presidente da ALMT fez questão de frisar que o cenário mato-grossense é oposto ao vivido na capital federal. “Aqui nós estamos com uma Assembleia tranquila, o estado desenvolvendo, com uma das menores taxas de desemprego do país”, pontuou.
Protestos contra Moraes em Brasília
Enquanto em Mato Grosso o clima político é descrito como estável, parlamentares federais do estado engrossaram os protestos contra o ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (5), após a decisão que colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar por suposto descumprimento de medidas cautelares.
Os deputados federais José Medeiros, Rodrigo da Zaeli, Nelson Barbudo e Coronel Fernanda participaram de manifestações na Câmara com esparadrapos na boca e olhos cobertos, em protesto contra o que chamam de “censura e perseguição política”. O grupo defendeu o impeachment de Moraes e acusou o ministro de ultrapassar os limites constitucionais, ferindo a liberdade de expressão.
O movimento ganhou força com o apoio dos três senadores de Mato Grosso — Wellington Fagundes (PL), Margareth Buzetti (PSD) e Jayme Campos (União) — que assinaram o pedido de impeachment protocolado no Senado.