
Um incidente ocorrido em uma escola de Laranja da Terra, no Espírito Santo, causou grande repercussão e resultou na demissão de um professor. Na última sexta-feira (14), 43 alunos necessitaram de atendimento médico após participarem de uma atividade experimental em sala de aula, na qual o docente utilizou a mesma agulha para a coleta de sangue de todos os estudantes. O caso foi registrado pela polícia, e o professor foi desligado da instituição de ensino.
Entenda o caso
O episódio ocorreu durante uma aula de Práticas Experimentais em Ciências, ministrada por um professor de química. Durante a aula, o docente propôs um experimento para determinar o tipo sanguíneo dos alunos, mas utilizou a mesma agulha para todos, ignorando normas básicas de segurança e higiene. A prática inadequada gerou preocupação imediata entre os estudantes, que passaram a temer uma possível contaminação por doenças infecciosas.
A situação tornou-se ainda mais delicada quando os alunos começaram a ser discriminados por outros colegas devido ao risco de infecção. Diante disso, os estudantes comunicaram o ocorrido aos pais, que os levaram para atendimento médico. No hospital, foram realizados testes rápidos para verificar possíveis contaminações, principalmente pelo vírus HIV e hepatites.
Estado de saúde dos alunos
Até o momento, todos os exames realizados apresentaram resultados negativos para doenças infecciosas. No entanto, os estudantes precisarão refazer os testes em 30 dias para descartar qualquer risco. Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde, os alunos seguem frequentando as aulas normalmente e estão bem.
Providências tomadas
Diante da gravidade da situação, a Secretaria Estadual de Educação anunciou a demissão imediata do professor e encaminhou o caso para a corregedoria do estado. Paralelamente, a Polícia Civil deu início às investigações para apurar eventuais responsabilidades legais do docente.
O caso levanta importantes questionamentos sobre a segurança e a capacitação de professores para a condução de práticas experimentais em ambiente escolar, evidenciando a necessidade de maior fiscalização e orientação sobre protocolos de segurança em atividades laboratoriais.