
Prometida como símbolo do retorno do poder de compra durante a campanha presidencial, a picanha ficou 15,6% mais cara nos últimos 12 meses, segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira (9). O aumento é superior ao da inflação oficial do período, medida pelo IPCA, que foi de 5,53%.
A alta nos preços das carnes atinge também cortes mais populares. O patinho subiu 24%, o acém teve aumento de 25%, enquanto ovos e frango ficaram 16,7% e 9,2% mais caros, respectivamente.
Apesar disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém o discurso de que “o povo vai voltar a comer picanha”. Em fevereiro deste ano, em entrevista à Rádio Tupi FM, o presidente afirmou que os preços dos alimentos “começaram a cair” e culpou fatores climáticos pela alta no último ano.
“Podem estar certos de que o povo vai voltar a comer a sua picanha, costela ou outro pedaço de carne que deseja”, declarou Lula na ocasião.
Diante da pressão inflacionária sobre os alimentos, o governo estuda medidas para conter a escalada de preços, com a expectativa de que a supersafra agrícola prevista para este ano, aliada à valorização do real, ajude a aliviar os custos para o consumidor.