
Na madrugada deste domingo (7), a Rússia lançou o maior ataque aéreo desde o início da guerra, disparando mais de 800 drones e mísseis contra diversas regiões da Ucrânia. Entre os alvos, pela primeira vez, foi atingido um prédio do Gabinete do Primeiro-Ministro, localizado no centro de Kiev.
Impacto e danos
O edifício governamental teve o telhado e os andares superiores danificados, em um episódio considerado de forte simbolismo político. Além disso, prédios residenciais também foram atingidos: em Sviatoshynskyi, um imóvel de nove andares teve parte de sua estrutura destruída, enquanto outro, de 16 andares, pegou fogo nos últimos andares.
Vítimas e defesas
As autoridades ucranianas confirmaram pelo menos duas mortes, incluindo a de um bebê com menos de um ano. Outras fontes indicam até quatro vítimas fatais, entre elas uma mãe e seu filho. Houve ainda dezenas de feridos. As defesas aéreas conseguiram interceptar a maioria dos projéteis, derrubando cerca de 751 drones dos 805 lançados, além de vários mísseis, mas parte dos ataques conseguiu atingir os alvos.
Reações e repercussões
A primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, classificou o ataque como “massivo” e destacou que cidades como Kryvyi Rih, Dnipro, Kremenchuk e Odesa também foram atingidas. O presidente Volodymyr Zelenskiy condenou a ação, acusando Moscou de prolongar deliberadamente a guerra, e reforçou o apelo para que países aliados aumentem o fornecimento de sistemas de defesa aérea.
Líderes internacionais, incluindo chefes de governo da União Europeia, do Reino Unido e da França, repudiaram os ataques e manifestaram apoio à Ucrânia. Autoridades dos Estados Unidos também indicaram que novas sanções contra a Rússia estão em avaliação.
Como resposta, a Ucrânia realizou ataques retaliatórios, atingindo infraestrutura energética russa, incluindo o oleoduto Druzhba e refinarias em território inimigo.