
Montagem RD News
Os três senadores que representam Mato Grosso no Congresso Nacional utilizaram, entre 1º de janeiro e 17 de abril de 2025, um total de R$ 397.394,79 da cota parlamentar — verba destinada ao custeio de despesas relacionadas ao exercício do mandato. Os valores são solicitados pelos próprios parlamentares, que devem prestar contas das despesas ao Senado.
Entre os principais gastos, destaca-se uma viagem internacional do senador Wellington Fagundes (PL), que utilizou R$ 11.048,71 para custear três dias de estadia em Miami (EUA), onde participou do lançamento do terminal de cruzeiros MSC Miami Cruise Terminal, considerado o maior do mundo.
Jayme Campos lidera os gastos
O senador Jayme Campos (União) foi o que mais utilizou recursos da cota, com um total de R$ 180.172,81. A maior fatia do valor foi destinada à divulgação da atividade parlamentar, somando R$ 56.200,00 — sendo R$ 30.500,00 apenas em fevereiro, com veículos de comunicação locais.
Outros gastos do parlamentar incluem:
- R$ 33.317,81 com passagens aéreas;
- R$ 22.583,89 com envio de correspondências e encomendas pelos Correios;
- R$ 15.302,00 com combustível;
- R$ 6.500,00 com consultoria política;
- R$ 3.351,82 com telefonia e aluguel de sala em Várzea Grande;
- R$ 3.056,33 com impulsionamento de conteúdo em redes sociais;
- R$ 2.114,40 com materiais diversos;
- R$ 1.745,00 com material de consumo.
Viagem aos EUA e despesas com tecnologia
Já o senador Wellington Fagundes somou R$ 141.940,38 em despesas no período. Além da viagem internacional, o parlamentar também teve gastos com:
- R$ 26.744,81 para aluguel e manutenção do escritório parlamentar em Rondonópolis;
- R$ 25.000,00 com divulgação da atividade parlamentar;
- R$ 20.241,90 com hospedagem e combustível;
- R$ 19.229,64 com serviços dos Correios;
- R$ 14.087,00 com licenças do Google, usadas para armazenamento em nuvem e integração dos escritórios;
- R$ 12.166,63 com passagens aéreas.
Menor uso da cota por Margareth Buzetti
A senadora Margareth Buzetti (PSD) foi a que menos utilizou recursos da cota parlamentar, com um total de R$ 75.281,60. Os principais desembolsos foram:
- R$ 34.682,52 com aluguel e manutenção do escritório político em Cuiabá;
- R$ 15.723,36 com material de consumo;
- R$ 11.712,70 com correspondências;
- R$ 5.691,54 com passagens aéreas;
- R$ 2.263,50 com impulsionamento nas redes sociais;
- R$ 1.166,51 com materiais diversos — incluindo a compra de 36 pacotes de café de 500g, no valor de R$ 537,76.
Uso permitido por lei
Segundo o Senado Federal, a cota parlamentar pode ser utilizada para custear despesas como divulgação das atividades, serviços de consultoria, aluguel de escritórios, compra de materiais de consumo, passagens aéreas, combustíveis e impulsionamento de conteúdos em redes sociais, desde que relacionados ao exercício do mandato.