
“Se eles forem parlamentares, é permitido, porque é uma atividade parlamentar. A manifestação em defesa da anistia, que é um projeto que está na Câmara Federal, é um ato parlamentar. Se eles forem parlamentares, está permitido”, explicou.
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), declarou que não vê problemas ou irregularidades no uso de recursos públicos por parlamentares que participaram do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em apoio ao perdão aos invasores do dia 08 de janeiro. O evento, realizado no último domingo (16), na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, gerou polêmica.
Abílio afirmou que custeou sua própria viagem, mas mencionou que deputados e senadores podem ter utilizado verbas de gabinete, já que o tema da anistia é debatido no Congresso Nacional. “Se eles forem parlamentares, é permitido, porque é uma atividade parlamentar. A manifestação em defesa da anistia, que é um projeto que está na Câmara Federal, é um ato parlamentar. Se eles forem parlamentares, está permitido”, explicou.
O evento teve como objetivo fortalecer a defesa do projeto de lei que concede anistia a investigados por crimes contra os Três Poderes, atualmente em análise na Câmara dos Deputados. A proposta tem gerado divisão no Congresso: enquanto a base governista tenta barrar seu avanço, a oposição busca aprovar com modificações, incluindo a reabilitação política de Bolsonaro.
O prefeito cuiabano acredita que a proposta tem apoio suficiente para ser aprovada. “Nós vamos ter o maior número de deputados na Câmara Federal para aprovar o projeto e vamos, sim, aprovar a anistia. Nós vamos, sim, começar a retomar o nosso país”, garantiu.
A participação de políticos mato-grossenses no evento gerou polêmica, sendo amplamente discutida na imprensa e na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O deputado estadual Lúdio Cabral (PT), da oposição, anunciou que protocolará um requerimento pedindo informações sobre quem custeou a ida do governador ao evento.
Abílio também comentou sobre a quantidade de manifestantes presentes. A Polícia Militar do Rio de Janeiro estimou mais de 400 mil pessoas no ato, enquanto um estudo da Universidade de São Paulo (USP) indicou aproximadamente 18,3 mil. O prefeito ironizou as estimativas, dizendo: “Olha, teve mais gente do que na manifestação do Lula no seu melhor momento, tá? Mas ainda assim, foi só umas 50 pessoas que estiveram presentes. Acredite na Globo, acredite no número que a Globo tá falando”.