
O Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza Urbana, Limpeza Pública, Áreas Verdes e Ambiental de Mato Grosso (Sindilimp-MT) anunciou que pretende paralisar a coleta de lixo em Cuiabá e Várzea Grande a partir desta terça-feira (18). O movimento seria uma forma de protesto para garantir a regularidade dos salários dos trabalhadores.
No entanto, a empresa responsável pelo serviço, a Locar Saneamento Ambiental, nega que haja atrasos nos pagamentos. De acordo com a companhia, todos os vencimentos foram quitados dentro do prazo legal e, neste mês de março, os valores foram inclusive antecipados. A prestadora de serviço também afirma estar em dia com todas as demais obrigações trabalhistas para os mais de 300 funcionários.
A tentativa de paralisação ocorre apesar de uma decisão judicial anterior que proibiu o Sindilimp-MT de realizar greves. Em setembro de 2024, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) considerou ilegal a mobilização e determinou multa de R$ 5 mil por dia caso o sindicato descumpra a ordem. Mesmo com essa restrição, a entidade reafirmou a intenção de cruzar os braços.
Caso a greve se confirme, a coleta de lixo em diversos bairros pode ser prejudicada ao longo da semana. Atualmente, a Locar opera com 32 caminhões por turno, empregando 65 motoristas e mais de 180 garis, garantindo 54 saídas diárias para manter a limpeza urbana nas duas cidades.
O impasse entre o sindicato e a empresa gera incertezas sobre a continuidade do serviço, e a população pode ser diretamente impactada pelo acúmulo de resíduos caso não haja um entendimento entre as partes.