
Menos de dois meses depois do maior ataque hacker já registrado contra o sistema financeiro brasileiro, criminosos digitais voltaram a agir. Na sexta-feira (29), com pouca divulgação pela imprensa, a Sinqia, uma das principais empresas de tecnologia que conectam bancos ao Pix, identificou movimentações suspeitas em seus sistemas.
A companhia informou que ainda avalia a dimensão do ataque e não revelou quais clientes foram atingidos. “Estamos trabalhando com o apoio dos melhores especialistas forenses. Já estamos em contato com clientes afetados, que compreendem um número limitado de instituições financeiras”, afirmou a Sinqia em nota.
Entre as instituições potencialmente impactadas está o HSBC. Segundo reportagem da colunista Mariana Barbosa, do UOL, os hackers teriam conseguido movimentar cerca de R$ 380 milhões por meio do sistema de pagamentos instantâneos.
O banco, por sua vez, confirmou a detecção de transações atípicas em uma conta ligada a um provedor de serviços, mas negou que clientes ou fundos próprios tenham sido prejudicados.
“O banco esclarece ainda que medidas foram tomadas para bloquear essas transações no ambiente do provedor. O HSBC reafirma o compromisso com a segurança de dados e está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações”, declarou a instituição em comunicado.
O ataque acontece pouco tempo depois do caso envolvendo a C&M Software, que em julho sofreu invasão de hackers responsável por um rombo estimado em quase R$ 1 bilhão em recursos mantidos no Banco Central.
À época, os valores estavam em contas de clientes de instituições financeiras que utilizavam os serviços da empresa, entre elas XP e Bradesco.
Assim como naquele episódio, o Banco Central esclareceu que a infraestrutura do Pix não foi comprometida e segue em funcionamento normal.