
A moda praia brasileira, reconhecida mundialmente pelo design inovador e pela identidade tropical, enfrenta um momento delicado após a decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre os produtos nacionais do setor. A medida, de caráter protecionista, coloca em risco a competitividade de marcas brasileiras em um dos maiores e mais importantes mercados consumidores do mundo.
O impacto pode ser significativo, já que os Estados Unidos concentram cerca de 40% das exportações de moda praia do Brasil. Em 2024, o volume exportado de vestuário brasileiro para o país chegou a aproximadamente US$ 4,1 milhões. Com os novos impostos, o preço final ao consumidor tende a aumentar, reduzindo as chances de compra frente à concorrência internacional. Especialistas apontam que a barreira tarifária não apenas ameaça os lucros, mas também a visibilidade da estética brasileira, hoje presente em vitrines, passarelas e multimarcas norte-americanas.
Em reação ao chamado “tarifaço”, o governo brasileiro anunciou a criação de uma linha de crédito emergencial para apoiar os exportadores afetados. Ao mesmo tempo, marcas nacionais procuram alternativas estratégicas, apostando em diferenciais como sustentabilidade, inovação no design e maior valor agregado às peças. A busca por novos mercados e rotas comerciais também se tornou prioridade, como forma de reduzir a dependência dos Estados Unidos e manter a relevância internacional da moda praia brasileira.