
O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) determinou que o Partido Liberal (PL) apresente justificativa sobre a anunciada desfiliação do vereador Chico 2000. A decisão, proferida pelo juiz-membro Edson Dias Reis em 15 de setembro, reforça que a legenda deve se posicionar formalmente diante da intenção do parlamentar de deixar seus quadros.
Na decisão, o magistrado advertiu a sigla para os efeitos de eventual silêncio. “Em caso de revelia, presumir-se-ão verdadeiros os fatos afirmados na inicial”, destacou.
Chico 2000 retornou recentemente à Câmara Municipal de Cuiabá, após permanecer 125 dias afastado por decisão judicial relacionada à Operação Perfídia, que investiga suposto pagamento de propina para aprovação de projetos de lei na capital.
Desde que anunciou a saída do PL, o vereador afirma não ter tido contato com a direção estadual. Questionado sobre possível conversa com o presidente da legenda em Mato Grosso, Ananias Filho, que também é secretário de Governo de Cuiabá, Chico ironizou: “Eu não tenho nem o telefone do Ananias. Agora, se ele soltou, tem que ver aonde ele encontrou isso, né?”.
Sobre os próximos passos na vida política, o parlamentar adotou cautela. Ele negou qualquer negociação em curso para se filiar a outro partido e resumiu: “Não e nem eu quero”.