
Na tarde de sexta-feira (25), três homens foram presos em flagrante, acusados pelo assassinato de Letícia Maria da Silva Campos, 24 anos, cujo corpo foi localizado em uma pedreira em Diamantino, a 208 km de Cuiabá. O trio foi autuado por homicídio qualificado com emprego de meio cruel e ocultação de cadáver.
Segundo informações do boletim de ocorrência, os irmãos Jackson da Silva Farias, 21, Ronald José da Silva, 22, e Gilnondas da Silva Nogueira foram detidos logo após as investigações indicarem sua participação no crime. O pai dos suspeitos e um amigo chegaram a ser conduzidos para a delegacia, mas foram liberados por falta de provas que comprovassem envolvimento.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Marcos Bruzzi, as investigações começaram imediatamente após o desaparecimento de Letícia ser registrado, no dia 19 de abril. Com o apoio de câmeras de segurança e relatos de testemunhas, a polícia conseguiu reconstituir os últimos passos da vítima e identificar os suspeitos.
As apurações revelaram que Letícia estava em uma casa noturna da cidade e, ao sair, entrou no carro dos acusados. Durante o trajeto, houve um desentendimento: a jovem teria retirado a chave do veículo e a jogado na rua, tentando sair do carro. A partir daí, segundo a confissão de um dos envolvidos, a vítima passou a ser brutalmente agredida.
“Os três agrediram ela com socos, pisões quando estava caída e enforcamento. Espancaram ela até a morte. Um crime extremamente cruel”, descreveu o delegado Bruzzi.
Sem a chave para seguir viagem, os suspeitos contaram com a ajuda de um amigo, que rebocou o veículo até a residência. Posteriormente, em outro carro, transportaram Letícia até a pedreira, onde abandonaram seu corpo. Durante a investigação, a polícia também apreendeu a calcinha da vítima, que havia sido escondida na casa da mãe dos acusados e lavada para perícia.
Com a prisão dos suspeitos e a indicação de onde o corpo estava, os investigadores localizaram Letícia no dia 25, encerrando quase uma semana de buscas. A jovem foi brutalmente espancada e a polícia agora apura se houve também violência sexual.
O celular dos acusados foi apreendido, contendo mensagens que orientavam a esconder a peça íntima da vítima.
“Nos empenhamos ao máximo para localizar a vítima. Seria maravilhoso encontrá-la com vida, mas, infelizmente, tivemos que dar essa triste notícia de um crime bárbaro cometido por motivo fútil”, lamentou o delegado Bruzzi.
A conclusão da investigação está prevista para os próximos 10 dias.