
Uma manhã de horror e desespero marcou esta quarta-feira (4) em Várzea Grande. Três irmãs, de 11, 14 e 17 anos, foram brutalmente atropeladas por um motociclista enquanto atravessavam na faixa de pedestres, a caminho da escola, na avenida Mário Andreazza. Duas delas permanecem internadas e devem passar por cirurgia.
O atropelamento ocorreu em meio a um cenário de imprudência e descaso. Segundo testemunhas, motoristas costumam trafegar pela via a até 120 km/h, apesar do limite ser de 60 km/h. Não há fiscalização no trecho e, para os moradores, a situação é um acidente anunciado.
A mãe das meninas, Jucilene Barbosa Rodrigues, chegou ao local em estado de choque. “Quando eu cheguei, vi uma delas já deitada no asfalto, fiquei muito assustada”, relatou, emocionada. Ela contou que as filhas sempre andam juntas e que, mesmo com todo o cuidado, a travessia se tornou um risco diário. “A gente espera, às vezes, 15 minutos para conseguir atravessar, mas parece que isso não basta.”
A criança de 11 anos é quem mais inspira cuidados: sofreu fraturas na perna, no rosto e perdeu dentes. Já a irmã de 17 anos teve fratura na clavícula. Ambas estão internadas no Pronto-Socorro de Várzea Grande. A irmã do meio, de 14 anos, teve escoriações leves e conseguiu acionar a mãe pelo telefone.
Indignados, moradores cobram providências. Edvaldo Zirondi, que vive na região, criticou a falta de segurança viária. “Isso é uma vergonha! Faixa de tinta não salva ninguém. Essa avenida precisa de pelo menos 10 lombadas. Todo dia tem perrengue aqui!”, afirmou.
O motociclista permaneceu no local até a chegada do atendimento médico, mas sua identidade não foi oficialmente divulgada. A Polícia Civil investiga o caso e deverá apurar as responsabilidades e as circunstâncias do acidente.
Enquanto isso, uma família tenta lidar com o sofrimento de ver suas três filhas vítimas da irresponsabilidade no trânsito e da negligência com a segurança pública.